28/05/2010

PSP nega agressões


O pai do estudante hospitalizado Vasco Dias, trabalhador emigrante na Suíça, deslocou-se a Lisboa para acompanhar o filho e esteve, esta quarta-feira, na esquadra da Praça do Comércio para onde foram levados os dois jovens. Foi recebido pelo Chefe Borralho que repetiu a versão policial já divulgada na imprensa de que “nada aconteceu, nem na rua, nem na esquadra”. Para além disto, a PSP recusou ao pai do Vasco a entrega de um pedido de identificação do grupo de agentes presentes no local do espancamento.

Ao jornal Público, a PSP contou a sua versão dos factos: “Os jovens foram abordados porque houve uma comunicação de uma moradora que se queixava do barulho feito por jovens que estavam a pontapear caixotes do lixo na rua”, explica fonte da polícia. O agente que se deslocou ao local às 3h15, “devidamente identificado”, advertiu a jovem mas ela “recusou-se a acatar a ordem” e “recusou identificar-se”, sublinha a mesma fonte. “Os jovens foram levados para a esquadra porque não quiseram identificar-se no local”, garante a polícia. E acrescenta: “não lhes foi dado qualquer tipo de assistência porque não houve agressões por parte de nenhum dos agentes”.


Esta versão é integralmente contestada pelos jovens estudantes que reafirmam que em nenhum momento os agentes da polícia aceitaram identificar-se. As marcas das agressões são bem visíveis e falam por si.

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